quinta-feira, 9 de abril de 2009

Angústias do Capitalismo

Mais notícias sobre as angústias do capitalismo
EU lia hoje os telexes de 11 de março. Continuavam chovendo informações sobre a crise econômica internacional.
Desta vez falou o Prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz, conhecido economista, muito citado pela imprensa e os círculos acadêmicos. A agência de notícias francesa AFP, fala de sua declaração de ontem na cidade de São Paulo, Brasil.
"O pacote estadunidense de resgate econômico do presidente Barack Obama de mais de US$700 bilhões é ‘muito melhor do que a resposta de Bush em 2008’, porém ‘não é suficiente e a crise será pior’.
"Devemos ver as coisas em perspectiva. (O presidente George W.) Bush estava paralisado e as coisas pioravam cada dia sem que nada fizesse.
"Lembrou que ‘muitos países emergentes se converteram em vítimas inocentes da crise. A ironia é que enquanto o governo estadunidense dava lições sobre regras e instituições nos países emergentes, suas políticas eram um fracasso total’.
"Por causa disso, a crise hoje é severa no mundo todo e países como o Brasil vão sofrer a sério, sublinhou Stiglitz ao jornal que o consultou sobre a queda de 3,6% da economia brasileira no quarto trimestre do ano passado, a mais forte desde igual período de 1996, e divulgada na terça-feira.
"Além disso, alertou que apesar de que ‘existe um acordo global de não recorrer ao protecionismo’ muitos pacotes de auxílio ‘têm medidas protecionistas em sua base e os que mais sofrerão serão os países em desenvolvimento'.
A agência Reuters, informa que "Severstal, a maior siderúrgica da Rússia, anunciou quarta-feira, que tenciona eliminar entre 9 mil e 9.500 empregos nas aciarias de seu país, em resposta à fraca procura mundial, e que também faria despedimentos em suas minas de carvão e mineral de ferro.
"As siderúrgicas russas se juntaram a suas rivais de outros países no recorte de sua produção durante o quarto trimestre, ainda que até agora tivessem evitado as demissões maciças devido à natureza politicamente sensível de tal medida.
"Também se planejam reduções adicionais de empregos em suas jazidas de carvão e de mineral de ferro na Rússia’, disse Mordashov.
"Severstal diminuiu sua produção em várias plantas da Rússia, Itália e dos Estados Unidos durante os últimos meses, devido à queda na procura de aço. Em fevereiro, informou que a produção de aço cru, no quarto trimestre, caiu 48% relativamente ao período anterior.
Essa própria agência, em um telex procedente de Dar-es-Salaam, publica que:
"’A China pode guiar o mundo fora da crise econômica graças a suas saudáveis reservas internacionais, seu grande superávit comercial e seus investimentos maciços ao redor do mundo’, disse um assessor do secretário-geral das Nações Unidas.
"A China, por enquanto, tem suportado a turbulência econômica melhor do que a Europa ou os Estados Unidos, embora a queda das duas últimas economias prejudicasse muito seu setor exportador, provocando fechamentos de fábricas e perda de empregos.
"’Espero que a China possa guiar o mundo fora desta crise primeiro’, expressou Jeffrey Sachs, assessor do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em uma entrevista com Reuters na tarde da terça-feira.
"Eles não tinham uma borbulha tão grande como nos Estados Unidos ou na Europa. A China tem grandes quantidades de reservas de divisas, um grande superávit comercial, muito investimento. A China tem os meios para iniciar primeiro a recuperação. Se isso tiver êxito neste ano, então se estenderia para outras economias.
"A China, a terceira economia mundial, usualmente maneja um superávit de conta corrente, com vastas exportações e importações relativamente limitadas.
"A informação econômica publicada na quarta-feira mostrou que as exportações chinesas cambalearam em fevereiro devido a que o país sentiu todo o impacto da crise financeira global, mas a despesa de capital se acelerou com a ajuda do pacote de estímulo maciço do governo.
"O país possui cerca de 2 trilhões em reservas de divisas. Seu atual superávit de conta corrente atingiu os US$440 bilhões para o final de 2008, até 20% sobre o do ano anterior, segundo as estatísticas oficiais.
"A ONU já disse que seriam necessários US$72 bilhões para ajudar a África, uma fração daquilo que os governos da Europa e dos Estados Unidos colocaram para ressuscitar suas economias".
Para os países do Terceiro Mundo não vem esperança alguma nem de Nova Iorque nem de Washington.

Fidel Castro Ruz
12 de março de 2009 10h14

Reflexões de Fidel

REFLEXÕES DE FIDEL
Transcrita do site: www.granma.cu

Por que Cuba é excluída?
Ontem, 3 de abril, ao meio-dia, tive um encontro de quase duas horas com Daniel Ortega e sua esposa, Rosario Murillo.
Como já tinha explicado numa carta enviada à tarde, a Daniel, fiquei gratamente impressionado com o encontro. Agradeci-lhe a oportunidade que tive de saber detalhes de sua luta na Nicarágua.
Expressei-lhe minha tristeza pelos dirigentes que falharam e lembrei-me de Tomás Borge, Bayardo, Jaime Wheelock, Miguel D’Escoto e mais outros que se mantiveram fiéis aos sonhos de Sandino e às idéias revolucionárias que a Frente Sandinista levou à Nicarágua.
Roguei-lhe que me enviasse notícias com a maior freqüência possível para saber das vicissitudes de um pequeno país do Terceiro Mundo diante das ambições insaciáveis do G-7.
Enviei a Rosário um exemplar do livro Geologia de Cuba para todos, que recebi há três dias, uma maravilhosa biografia da natureza da nossa ilha através de centenas de milhões de anos, ilustrado com belas imagens e fotografias, escrito por 12 cientistas cubanos, que com suas narrações e análises, constitui uma joia literária. Mostrei-o a ela e interessou-lhe muito.
Conversei longamente com Daniel sobre a "famosa" Cúpula das Américas que terá lugar nos dias 17,18 e 19, em Porto Espanha, capital de Trinidad e Tobago.
Essas cúpulas têm sua história, com certeza, tenebrosa demais. A primeira foi realizada em Miami, capital da contrarrevolução, do bloqueio e da guerra suja contra Cuba. Essa cúpula efetuou-se nos dias 9, 10 e 11 de dezembro de 1994. Foi convocada por Bill Clinton, eleito presidente dos Estados Unidos em novembro de 1992.
A URSS tinha-se desintegrado e nosso país encontrava-se em meio ao período especial. Pensavam que se desintegraria o socialismo em nossa pátria, como aconteceu no Leste europeu primeiro e depois na própria União Soviética.
Os contra-revolucionários preparavam suas malas para voltarem vitoriosos a Cuba. Bush pai tinha perdido as eleições, como conseqüência, sobretudo, da aventura bélica no Iraque. Clinton preparava-se para a era pós-Cuba revolucionária na América Latina. O Consenso de Washington tinha plena vigência.
A guerra suja contra Cuba estava quase a terminar com sucesso. A Guerra Fria terminava com a vitória do Ocidente e começava uma nova era para o mundo.
Em 1994, os presidentes da América do Sul e Central, animados pelo convite de Clinton, assistiram com muito entusiasmo à Cúpula de Miami.
O presidente da Argentina, Carlos Ménem, encabeçava a lista de presidentes sul-americanos que participariam da cúpula, seguidos por Lacalle, o vizinho direitista do Uruguai; por Eduardo Frei, da Democracia Cristã do Chile; pelo boliviano Sánchez de Lozada; por Fujimori, do Peru, e por Rafael Caldera, da Venezuela. Não era nada incomum que motivassem a presença de Itamar Franco e Fernando Enrique Cardoso, seu sucessor na presidência; Samper, da Colômbia; e Sixto Durán, do Equador.
A lista de representantes da América Central na Cúpula de Miami esteve liderada por Calderón Sol, da Arena em El Salvador, e por Violeta Chamorro que, em virtude da guerra suja antissandinista, foi imposta na Nicarágua por Reagan e Bush pai.
Na Cúpula de Miami, o México esteve representado por Ernesto Zedillo.
Por trás da mesma havia um objetivo estratégico: o sonho imperialista de um acordo de livre comércio, do Canadá à Patagônia.
Hugo Chávez, presidente da República Bolivariana da Venezuela, ainda não tinha aparecido nas cúpulas até a de 2001, em Québec. Também não George W. Bush com seu tenebroso papel na arena internacional.
O nosso Herói Nacional, José Martí, conheceu a primeira grande crise econômica do capitalismo nos Estados Unidos, que durou até 1893. Compreendia que a união econômica com os Estados Unidos significaria o fim da independência e da cultura dos povos da América Latina.
Em maio de 1888, o presidente dos Estados Unidos encaminhou aos povos da América e do Reino de Havaí, no Pacífico, um convite do Senado e da Câmara dos Representante desse país para participar de uma conferência internacional em Washington a fim de discutir, entre outras questões, "a adoção por parte de cada um dos governos de uma moeda comum de prata, que fosse usada obrigatoriamente nas transações comerciais recíprocas dos cidadãos de todos os Estados da América".
Sem dúvida, os membros do Congresso tiveram que estudar bem as conseqüências daquelas medidas.
Quase dois anos depois, a Conferência Internacional Americana, da qual os Estados Unidos faziam parte, recomendou que se estabelecesse uma união monetária internacional e que, como base desta união, fossem cunhadas uma ou mais moedas que pudessem ser usadas nos países representados.
Finalmente, após um mês de prorrogação, segundo conta o próprio Martí, na Comissão Monetária Internacional, a delegação dos Estados Unidos declarou, em março de 1891, que "era um sonho fascinante que não podia ser intentado sem a aceitação dos outros países do mundo". Também recomendou usar ouro e prata nas moedas que fossem cunhadas.
Era uma premonição do que aconteceu 55 anos depois, quando em Bretton Woods lhe concederam o privilégio de emitir em papel moeda a divisa internacional, usar o ouro e a prata.
Contudo, aquele fato deu lugar a que Martí fizesse a análise política e econômica mais impressionante que li na minha vida, publicada na Revista Ilustrada de Nova York, no mês de maio de 1891, na qual se opôs resolutamente à ideia.
Durante o encontro com Daniel, ele me entregou um grande número de parágrafos que são discutidos sobre a declaração final da próxima cúpula em Porto Espanha.
A OEA, como secretária permanente da Cúpula das Américas, é quem decide o que fazer: esse é o papel que lhe conferiu Bush. Contém 100 parágrafos, parece que a instituição gosta dos números redondos para enfeitar e outorgar maior força ao documento. Uma epígrafe em cada uma das 100 melhores poesias da bela língua.
Havia certamente grande número de conceitos inadmissíveis. Será uma prova a fogo para os povos do Caribe e da América Latina. Será por acaso um retrocesso? Bloqueio e, aliás, exclusão depois de 50 anos de resistência?
Quem arvará com tais responsabilidades? Quem está exigindo agora nossa exclusão? Será que não compreendem que os tempos dos acordos excludentes contra nosso povo ficaram bem atrás? Haverá importantes reservas nessa declaração assinada por chefes de Estado para que se possa compreender que, apesar das mudanças conseguidas em duras discussões, existem ideias que para eles são inaceitáveis.
Nas novas circunstâncias, Cuba sempre mostrou sua disposição a cooperar ao máximo com as atividades diplomáticas dos países da América Latina e do Caribe. Os que devem sabem muito bem disso, mas não se pode pedir guardar silêncio diante de concessões desnecessárias e inadmissíveis.
Até as pedras falarão!
Fidel Castro Ruz4 de abril de 200917h34 •
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REFLEXÕES DO FIDEL

A vida real...




A cada seis segundos uma criança morre de FOME
• NAÇõeS UNIDAS. — A cada seis segundos uma criança em algum lugar do mundo morre de desnutrição, informou o relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU), Olivier De Schutter, no tema do direito à alimentação.
Numa sessão da Assembleia Geral da ONU, o funcionário também disse que há 1 bilhão de pessoas famintas no planeta, a maioria delas mulheres e crianças, e que a dimensão da crise alimentar global está longe de ter diminuído neste ano.
"Pelo contrário, a alta excessiva dos preços e os eventos relacionados com o clima inevitavelmente agravarão a situação em 2009, com os pobres como os maiores afetados", disse De Schutter.
As razões da FOME mundial, indicou o especialista, são marginalização, pobreza, falta de terra e de empregos decentes, além do injusto sistema de comércio internacional que originou uma diminuição nos investimentos em projetos agrícolas durante os últimos 30 anos.
O relator propôs projetar de novo o comércio internacional com o objetivo de impulsionar o crescimento econômico, assim como avaliar o potencial de diferentes modelos de desenvolvimento agrícola orientados a alimentar as populações mais vulneráveis.
Da mesma maneira, De Schutter urgiu a aplicar os incentivos e regulamentos necessários para assegurar que as companhias agroindustriais multinacionais contribuam ao desenvolvimento dos países que lhes servem como fonte de recursos. (Notimex) •

quinta-feira, 6 de março de 2008

História - Saiba um pouco a respeito.


FARC: 40 anos de História


Direto das selvas da Colômbia, correspondente brasileiro analisa a insurgência mais antiga da América. Por Yuri Martins Fontes, para a revista Reportagem


Após a grande crise de 1929, pela primeira vez o mundo passou a enxergar de outro modo o liberalismo ortodoxo, doutrina capitalista que vigorava inabalável desde o século XIX. Começou a se cogitar, a partir de então, a intervenção do Estado na economia, de forma a minimizar as conseqüências da grande quebra iniciada nos Estados Unidos. Eram necessárias atitudes urgentes que pudessem responder aos interesses das fragilizadas burguesias nacionais dos países dependentes.


Na América Latina, grandes representantes deste giro histórico foram Cárdenas, no México, Perón, na Argentina e Vargas, no Brasil. A nacionalização do petróleo e o investimento industrial foram importantes pautas deste amplo movimento. Na Colômbia, entretanto, o grande poder da ala conservadora, alinhada com o expansionismo estadunidense, impediu que reformas progressistas tivessem lugar.


Em 1948, a situação de ingerência externa por parte de multinacionais chega a tal ponto, que os ditos "liberais", aliados aos pequenos grupos socialistas de então, iniciam uma guerra civil contra o governo conservador. As primeiras etapas deste conflito armado podem ser conhecidas através do realismo fantástico da grande obra de Gabriel García Marques "Cem Anos de Solidão".


Após 16 anos de luta guerrilheira e a conquista de algumas reivindicações políticas, os liberais tentam frear os avanços políticos, ao perceber o avanço das forças aliadas socialistas que se acelerava além do esperado sob a influência do triunfo revolucionário cubano. Traem, então, o acordo com as esquerdas, passando para o lado conservador.


Em 27 de maio de 1964, dezenas de milhares de soldados são enviados para o povoado de Marquetália para reprimir 48 camponeses comunistas rebelados, que fogem para as selvas e montanhas. Esta data é tida como a fundação da maior e mais antiga guerrilha da América, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Em 40 anos, aquela meia centena de revoltosos comandados por Manuel Marulanda – o histórico líder máximo conhecido como Tiro Certo – se transformou em um grupo político armado com quase 30 mil homens, divididos em 60 frentes guerrilheiras e agindo em todo o território nacional.

Em julho do mesmo ano, é realizada uma assembléia de guerrilheiros, em que se define um programa agrário que daria a primeira bandeira para os revolucionários, que deixam de ser apenas combatentes camponeses para pregar, sob uma visão mais ampla, a luta pelo poder
político para todo o povo.

Neste contexto de repressão total, ainda em 1964 surgem outros grupos revolucionários com distintas formas de organização e diferentes concepções ideológicas, como o Exército de Libertação Nacional (ELN), de orientação guevarista, e o Exército Popular de Libertação (EPL), com origem nas concepções da Revolução Chinesa.

É também desta época o aparecimento de bandos oriundos da desestruturação das guerrilhas liberais, que já sem razão para existir e lutar passam a praticar a pilhagem da população civil. Algum tempo depois, estas quadrilhas são recrutadas por poderosos coronéis latifundiários da região, dando início aos primeiros grupos paramilitares. Os chamados "paracos" atualmente prestam serviços também às corporações multinacionais e aos cartéis do narcotráfico.

Desde há alguns anos atrás, com a intervenção estadunidense batizada de Plano Colômbia, as possibilidades de paz no país se tornaram muito distantes. Após várias tentativas de negociações por parte do anterior governo liberal de Pastrana, o atual presidente Uribe, ligado às elites agrárias e íntimo aliado do grande Império do Norte, busca no confronto sangrento a solução para exterminar os grupos revolucionários comunistas, sem atentar à triste realidade social do país, com mais de 60% da população afundada na pobreza. Cartazes espalhados pelo país explicitam o trágico vivido: "Plan Colombia, los gringos ponen las armas, Colombia pone los muertos".

O interior da nação andina é hoje uma terra sem lei, onde predomina o medo e o mistério. Freqüentemente, milícias paramilitares efetuam emboscadas e genocídios em estradas e povoados rurais. E apesar da violência destes grupos fascistas, ao fim de 2003, Uribe fechou um acordo bastante suspeito, de rendição e anistia, com o maior grupo paramilitar do país, as Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), que possui cerca de 5.000 mercenários. Segundo informações que obtive no boca a boca entre o povo, os soldados deste grupo são os mesmos do exército, disfarçados apenas por um broche com a insígnia da AUC.
Sequer mudam de uniforme. Desta forma, o governo fica mais à vontade para executar tarefas pouco populares – como o massacre de povoados inteiros e a eliminação de supostos "amigos" dos guerrilheiros.

O recente acordo de anistia total aos paramilitares parece referendar não apenas esta estranha ligação com o exército regular, mas também as acusações que ligam Uribe diretamente ao comando destes mercenários de extrema direita.

Ao que parece, com o forte apoio econômico-militar estadunidense e a propaganda massiva – que classificam as FARC como partícipes do dito "eixo do mal" perante à simplória opinião pública – as táticas de guerra puderam ficar mais abertas e agressivas.
Além das dificuldades impostas pelo terror paramilitar e de Estado, àquele que se queira conhecer de perto a situação na Colômbia, há também o problema dos bandoleiros, quadrilhas armadas que se aproveitam do conflito generalizado para efetuar assaltos nas ermas estradas do país. Isto tudo dificulta o deslocamento, a estadia e a conseqüente obtenção de notícias acerca da realidade atual colombiana.
Ainda que possamos conhecer algo através dos jornais, em geral as informações que nos chegam são parciais e superficiais, já que estão comprometidas ideologicamente com os detentores do grande capital do país – como se passa em geral com a grande imprensa suja. Desta forma, não lhes é interessante de tratar dos motivos que levam um povo à insurgência. Esta mesma desinformação leviana pode ser observada nos noticiários acerca de quaisquer conflitos subversivos, tais como o MST ou o EZLN.

Após o ataque às Torres Gêmeas, o mundo foi ainda mais polarizado. Qualquer contestação ao regime fundamentalista neoliberal passou a ser vista como grave afronta. Classificando a subversão de terrorismo, ficou mais fácil vender a imagem do "bom colonizador" que bombardeia, invade e assassina em nome do deus "correto".


O fracassado Plano Colômbia, posto em prática em nome da suposta erradicação do plantio de coca, ganhou seu substituto moderno, o Plano Patriota. Na prática, o plano é semelhante ao anterior, agora reforçado com alguns bilhões de dólares a mais. Consiste em uma intervenção militar ostensiva em pleno coração da Amazônia sul-americana, com claros fins políticos, econômicos e territoriais. A região é abastada em água potável, petróleo, minérios preciosos e grande biodiversidade, entre outras riquezas.


O governo oficial é apoiado pelos EUA com armas, dinheiro, helicópteros, treinamento militar e até mesmo com o despejo de substâncias químicas nas selvas do país, regiões onde se ocultam os guerrilheiros. Já circulam pela internete fotos de camponeses deformados atingidos pelos venenos das fumigações. Vale dizer que estes rios contaminados nascem nos Andes e vêm desaguar na Amazônia brasileira. Deste modo, uma catástrofe ecológica já pode ser prevista em curto prazo, caso não se enfrente diretamente o uso de armas químicas por parte do grande irmão.


De outro lado, as FARC se defendem e não deixam de fustigar o inimigo. Apesar do megainvestimento estadunidense, no ano de 2003 houve uma média de 12 combates por dia, onde morreram mais de 5.000 militares, policiais e paramilitares, enquanto as baixas da guerrilha somaram cerca de 700 homens, entre guerrilheiros e milicianos civis apoiadores, segundo dados de organizações não-governamentais.


As FARC, além do grupo guerrilheiro armado, são compostas por mais três grupos. Uma milícia civil armada apóia os insurgentes em ações secretas de inteligência, no interior do país. Nas capitais as ações revolucionárias de guerra estão por conta do Partido Comunista Clandestino Colombiano. E nos mais diversos rincões do país existem os grupos de simpatizantes, civis desarmados e idealistas que apóiam o abastecimento alimentício, por exemplo.


Grande parte dos guerrilheiros farianos é composta de camponeses pobres cuja miséria lhes levou às fileiras rebeldes. Lá aprenderam a ler e a lutar.
Outros, com mais formação, vêem nas FARC a única chance de mudanças políticas no país. Estes preparam-se para os cargos de comando, estudando tanto a Política, como a Psicologia e a Economia. Inclusive, fator de grandes elucubrações atualmente, é o financiamento das FARC. Segundo as palavras do próprio Comandante do Secretariado Geral das FARC, Raúl Reyes:
"as FARC são um exército do povo que se nutre da economia do país, que é o petróleo, o café, as esmeraldas, o gado, o algodão, a coca e a papoula. Assim as FARC cobram um imposto àqueles capitalistas que tenham mais de um milhão de dólares, independentemente da proveniência de seus capitais. Não perguntamos ao empresário das transportadoras se seus caminhões foram comprados com dinheiro do narcotráfico. As FARC não têm cultivos, não negociam com narcóticos, não vendem favores aos narcotraficantes. As FARC subsistem da economia do país, apesar da campanha encabeçada pelos EUA que tem por fim desacreditar-nos, mostrar-nos não como uma organização revolucionária, mas como narcotraficantes, agora narcoterroristas.


Mas é normal que os EUA façam isso, pois são nossos inimigos e, portanto, fazem o que devem fazer".


E embora os EUA tenham cogitado a intervenção direta no território sul-americano, ainda não tiveram forças políticas para executá-la, graças talvez ao despreparo e barbáries deste atual governo. Contudo, o candidato Kerry já acenou com o perigo, afirmando em campanha que Bush "se preocupa demais com o Oriente Médio" e que "mal conhece a América Latina". Que a ignorância geográfica presidencial estadunidense perdure tanto quanto a humana.


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Coluna Prestes



LUIS CARLOS PRESTES

Luis Carlos Prestes é um dos maiores símbolos dos ideais da revolução socialista no pais. Mesmo depois de morto, Prestes continua a incomodar os donos do poder.

A historiadora Anita Leocádia Prestes, filha e colaboradora do velho comunista, frisa que é preciso resgatar as características essenciais da vida e da ação do militar que dedicou a existência à causa popular: "Ele foi um patriota, um revolucionário e um comunista", define.
Ressalta, nesse aspecto, perceber um esforço das forças conservadoras para transformar a figura de Prestes em um herói de consumo, desses em que se exalta apenas a coragem pessoal, mas cuja lembrança não inspira qualquer reflexão, pois a essência de suas lutas fica convenientemente omitida.

Existe, segundo ela, uma "estratégia da direita mundial para acabar com os mitos revolucionários da esquerda e liquidar com a memória dos heróis, dos revolucionários, daquelas figuras que lutaram por um mundo melhor e por justiça social. Interessa ao neoliberalismo eliminar a força inspiradora destes heróis, para que eles desapareçam da memória das pessoas" (revista VEJA nº 2.028 sobre Che Guevara).

Anita Prestes comenta não apenas a trajetória do pai, mas também a significação do socialismo marxista na era pós-União Soviética: "0 socialismo não acabou. Enquanto houver o capitalismo, a teoria marxista continua basicamente válida."
Analisando a trajetória política do homem que chegou a ser definido como o Cavaleiro da Esperança, a filha e historiadora mostra uma evolução na ação revolucionária dele.
"Em 1921, quando se engajou no tenentismo, sua motivação foi a de um patriota. Ele estava preocupado com a situação do Brasil com a situação do povo, com as injustiças, ainda que de forma confusa, ele queria lutar por um mundo melhor. Foi, pois, como patriota que ele ingressou no movimento tenentista. Nesse processo, e já nas atividades da Coluna entre 1924 e 1926, é que ele se transformou num revolucionário. Mas ainda não era um comunista. É este caminho revolucionário, na Coluna - quando percorre o interior do país e se depara com a terrível miséria do trabalhador brasileiro, o que o choca profundamente, que ele chega à conclusão de que os objetivos do tenentismo não vão resolver a situação do povo brasileiro. Por isso, propõe o encerramento da marcha, segue para o exílio e vai estudar, para conhecer melhor a realidade brasileira e encontrar o caminho. Aí se torna comunista",. resume Anita.

"A partir de 1928 passa por uma revisão ideológica e adere ao marxismo, ao socialismo científico, ao comunismo. Mas vai ser aceito no Partido Comunista do Brasil, como se chamava então, somente em 1934", explica.
Anita aponta a coerência política de Prestes com o testemunho de seu comportamento em relação ao movimento que liquidou a República Velha. "Em 1930, o poder lhe foi oferecido de bandeja. Ele poderia ter sido presidente da República. Seu prestígio era gigantesco, como prova a imprensa da época. Sua recusa foi um gesto que muitos não entendem até hoje. Mas ele viu que, se aceitasse participar, aconteceriam duas coisas: teria que se integrar ao sistema, aderir à politica de Getúlio Vargas e se descaracterizar, ou rebelar-se e ser liquidado, politicamente ou mesmo fisicamente. Não existiam. naquele momento, forças sociais capazes de dar respaldo a um caminho revolucionário. Ele percebeu que o movimento, que viria a se chamar Revolução de 30, não iria resolver os problemas do povo: seria uma solução pela cúpula, via interesses dominantes."

Futuro do socialismo

A historiadora condena os que, desde a dissolução da União Soviética, vêem o socialismo como uma ideologia em crise, deslocada da realidade.
"Eu acho que este pensamento se insere dentro da luta ideológica que citei. Sem dúvida, erros e até crimes muito sérios foram cometidos na construção do socialismo, na União Soviética e em alguns outros países do Leste Europeu. Isto foi bem aproveitado pelo imperialismo, palavra que hoje em dia está fora de moda, mas isso foi bem aproveitado e os agentes do imperialismo souberam utilizar as insatisfações justas que existiam na população desses países, em particular a da URSS. Isto contribuiu para a derrota atual, muito séria. Mas, na minha opinião, isto não invalida os objetivos socialistas".

"O socialismo, desde Karl Marx e Friederich Engels, tornou-se uma ciência deixou de ser uma utopia, mesmo que determinadas sociedades tenham cometido graves erros ao tentar implantá-lo. sendo até derrotadas. Isto, porém, não invalida a teoria. É preciso levar em conta que esse socialismo real, que a URSS viveu, teve uma série de características e condições que dificultaram seu desenvolvimento socialista. Em primeiro lugar, é preciso lembrar que a União Soviética foi o primeiro país a experimentar o socialismo e o fez num grande isolamento: de início, 14 países imperialistas fizeram-lhe guerra e invadiram a Rússia Soviética dos primeiros anos. O país era muito atrasado economicamentee e esse ponto de partida já dificultou muito a edificação socialista. Era um socialismo com problemas muito sérios, não era a utopia da massa que se imaginava, um regime popular que seria vitorioso sobre aqueles países capitalistas mais avançados".

Ela lembra que, duas décadas depois, a Segunda Guerra Mundial iria impor um retrocesso muito grande para a URSS. 'Basta lembrar que o pais perdeu 20 milhões de pessoas, além de prejuízos materiais extensos. Toda a Rússia Européia foi praticamente destruída. Imagine a dificuldade para edificar o socialismo em meio a situações tão devastadoras", aponta.
"É preciso salientar que o socialismo não se constrói na base da miséria, do atraso, da falta de recursos."
"Essas dificuldades todas, eu acho que contribuíram para o revés do socialismo, o que eu vejo, porém, como passageiro. A propaganda da direita mundial procura fazer com que a opinião publica mundial esqueça inteiramente as conquistas reais que existiam no campo socialista e, em particular, na União Soviética."
Anita cita algumas das conquistas sociais do regime soviético: "Nenhum país capitalista, por mais adiantado que seja (mesmo os Estados Unidos), resolveu as questões sociais como o fez a União Soviética. Todo cidadão soviético, ainda que modestamente, tinha casa para morar. Podia-se morar apertado, mas com decência, e ninguém morava nas ruas. Todo mundo tinha um emprego, todo mundo tinha escola grátis para os filhos, ensino completo inteiramente gratuito, assim como também assistência médica, estendida a toda a população, além de férias para todo mundo. Quer dizer, um bem-estar generalizado, embora em níveis modestos, devido exatamente àquelas dificuldades já apontadas, provocadas por uma implantação socialista em meio à hostilidade internacional e à guerra. Mas, mesmo assim, os problemas sociais estavam resolvidos na União Soviética, o que até hoje nenhum país capitalista desenvolvido conseguiu dar à sua população."
Veja o caso de Cuba: "Apesar de todo o bloqueio e das condições naturais modestas, pois é uma ilha pequena, Cuba não tem miseráveis, ninguém passa fome, ninguém passa a situação dos miseráveis dos Estados Unidos, ou da Alemanha, ou daqui mesmo do Brasil, que vivem nessa crise gigantesca", assinala a historiadora. "Eu tenho a profunda certeza de que, se meu pai fosse vivo, manteria a convicção que sempre teve, de que o socialismo é a solução para a humanidade. Isto não quer dizer que o caminho do socialismo vá ser exatamente igual ao que se deu na URSS ou em outros países. Os caminhos serão diversificados. Os próprios erros e as experiências desse socialismo que já existiu vão ajudar outros países, futuramente, se possível, a construir sociedades com menos problemas".

"Sem dúvida uma derrota é uma derrota, é problema muito sério. Eu pessoalmente, acho que os comunistas, em âmbito internacional, nessa segunda metade do século, não conseguiram formular uma estratégia para a revolução socialista pelo menos no Ocidente, de acordo com as novas condições. Não conseguiram fazer com a teoria marxista o que Lênin conseguiu fazer no fim do século passado. Lênin inovou. Diante daquela época de imperialismo, ele inovou diante de uma nova realidade. Acho que, na nossa época isso não aconteceu. Mesmo o Partido Comunista Italiano, o mais importante do Ocidente depois da Segunda Guerra, fez várias tentativas, mas não conseguiu. Aqui na América Latina é ainda mais complicado. Quando não se conhece de forma adequada a realidade, quando não se dispõe de pesquisas suficientes para se ter uma visão mais próxima, a tendência é o mimetismo, é a de copiar. E aqui no Brasil essa sempre foi a tendência: copiar o exemplo do exterior, que vem de uma realidade diferente. E o exemplo da Revolução Soviética foi tão esmagador que a tendência era essa mesma: de copiá-la",. analisa Anita Prestes.

"Quando ocorre uma derrota a tendência é achar que tudo estava errado e perder a orientação. Isto também é humano. O socialismo está num período de crise, sem dúvida. Novos caminhos terão que ser encontrados. Mas o socialismo não acabou. Enquanto houver capitalismo, a teoria marxista basicamente continua válida. O marxismo, porém, não é um dogma. Como dizia Lênin, o marxismo tem que ser estudado, aplicado e desenvolvido. Não se trata de ficar repetindo o que Marx e Lênin disseram. Trata-se de encontrar os caminhos para o socialismo nessa realidade de hoje, que é bastante complexa e diferente, Ievando-se em conta também a especificidade de cada pais. É o que os cubanos estão procurando fazer."'

Divisão e crise

"O meu pai sempre dizia que, a partir da luta dos trabalhadores, é que surgiriam novas lideranças, que se encontrariam novos caminhos para o socialismo, para a construção de novos partidos e organizações capazes de levar adiante a luta. Eu acho que, no panorama brasileiro atual, nenhuma organização partidária é realmente revolucionária com uma proposta de mudanças e avanços. Mas acredito que acabará surgindo."
De acordo com Anita, nosso próprio processo de formação da sociedade brasileira prejudica essa evolução, a partir do movimento popular. A classe dominante brasileira sempre viu triunfarem seus esforços para impedir a organização popular. Isso levou a um crescente desanimo, a uma descrença por parte da população. No século XIX, por exemplo, quantos movimentos populares não foram esmagados? E no nosso século, no período de 1934-35, havia um entusiasmo popular enorme, e logo veio uma derrota. Depois, tivemos outro grande surto de entusiasmo nos anos 60, cortado pelo golpe militar de 1964."

Ela atribui a um fato o pouco avanço social: "Vejo o povo trabalhador altamente desorganizado. Hoje em dia temos, porém uma novidade, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, um movimento de organização elogiável. A própria participação da Igreja Católica é outro fator positivo. Mas, ao longo da história, nossa trajetória é de um movimento popular desorganizado, porque, quando tenta se organizar. vem a repressão."

"A repressão, que houve após 1964, desestruturou e amedrontou as pessoas. Vejo isto na universidade: pessoas muito insatisfeitas, mas descrentes das lideranças, desestimuladas, desinteressadas até para defender seus próprios interesses, as causas as que as afetam diretamente. Assim, é difícil que venham a levantar bandeiras por causas mais amplas."
Anita não julga irremediável esta situação. "Não é uma fatalidade que isto deva permanecer assim. Até mesmo por causa do agravamento da situação social, vai chegar o momento em que haverá uma reação. É neste processo que surgirão novas lideranças, novas formas de organização. Não existe, para o movimento social. uma espécie de receita de bolo. Por enquanto, porém, as forças de esquerda continuam divididas."

A ditadura exerceu um papel muito negativo na formação de lideranças no pais, segundo Anita. "A ditadura impediu que as pessoas pensassem, esterilizou o pensamento. Daí, o que vemos é que nas esquerdas só surgiu o Lula no final dos anos 70. As demais lideranças existentes, como Brizola e Arraes, são pré-64", afirma.
Anita Prestes lamenta também, que os jovens de hoje sejam as maiores vítimas desse tipo de situação.
"Atualmente, podemos observar na juventude um baixo interesse pela participação política. Existe um clima de desalento, de desencanto mesmo. A política é vista como sinônimo de safadeza. Cada rapaz e cada moça estão mais interessados em cuidar de sua própria carreira profissional"

Coluna Prestes

Foi um movimento político militar de origem tenentista, que entre 1925 e 1927 se deslocou pelo interior do país pregando reformas políticas e sociais e combatendo o governo do então presidente Arthur Bernardes.
Após a derrota do movimento paulista, em 1924, um grupo de combatentes recua para o interior sob o comando de Miguel Costa. No início de 1925 reúne-se no oeste do Paraná com a coluna do capitão Luís Carlos Prestes, que havia partido do Rio Grande do Sul. Sempre com as forças federais no seu encalço, a coluna de 1.500 homens entra pelo atual Mato Grosso do Sul, atravessa o país até o Maranhão, percorre parte do Nordeste, em seguida retorna a partir de Minas Gerais. Refaz parte do trajeto da ida e cruza a fronteira com a Bolívia, em fevereiro de 1927. Sem jamais ser vencida, a coluna Prestes enfrenta as tropas regulares do Exército ao lado de forças policiais dos Estados e tropas de jagunços, estimulados por promessas oficiais de anistia.

A coluna poucas vezes enfrentou grandes efetivos do governo. Em geral, eram utilizadas táticas de despistamento para confundir as tropas legalistas. Ataques de cangaceiros à Coluna também reforçam o caráter lendário da marcha, mas não há registros desses embates. Nas cidades e nos vilarejos do sertão, os rebeldes promovem comícios e divulgam manifestos contra o regime oligárquico da República Velha e, contra o autoritarismo do governo de Washington Luís, que mantém o país sob estado de sítio desde sua posse, em novembro de 1926. Os homens liderados por Luís Carlos Prestes e Miguel Costa não conseguem derrubar o governo de Washington Luís. Mas, com a reputação de invencibilidade adquirida na marcha vitoriosa de 25 mil quilômetros, aumentam o prestígio político do tenentismo e reforçam suas críticas às oligarquias. Com o sucesso da marcha, a Coluna Prestes ajuda a abalar ainda mais os alicerces da República Velha e preparar a Revolução de 30. Projeta também a liderança de Luís Carlos Prestes, que, desde sua entrada no Partido Comunista Brasileiro e sua participação na Intentona Comunista de 1935, se torna uma das figuras centrais do cenário político do país nas três décadas seguintes.
" Anita Benário Prestes, além de filha de Luiz Carlos Prestes, tembém o é de Olga Benário Prestes, judia alemã, comunista e revolucionária, além de contar com a característica citada por Che Guevara: "todo revolucionário é movido por imensos laços de amor". Entregue pelo governo brasileiro, em 1942, Olga foi executada em câmara de gás, em Bernburg, na Alemanha, pelos nazistas."

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Desde que proclamou sua independência em 1776, Os EUA procuraram impor sua política e economia às demais nações do continente americano, esse domínio não se restringiu apenas à América, mas a outros continentes como a Ásia e a África, e com o mesmo objetivo imperialista: os EUA querem novos mercados...o rico Ouro Negro do Oriente Médio (Petróleo).

Em 1823, os EUA estabeleceram uma política denominada Doutrina Monroe, que pregava a independência dos países da América em possíveis intervenções européias. O verdadeiro objetivo da doutrina Monroe era o domínio sobre os demais países americanos. O lema dessa doutrina era: A América para os americanos. Na era do Presidente Theodore Roosevelt foi mais longe com seu famoso “big stick” (grande porrete). Uma política externa que dava aos Eua direito de invadir e interferir politicamente países vizinhos para manter a ordem.

Na verdade, o objetivo do "Big Stick” era evitar que os países da América Latina questionasse as decisões do governo norte americano.
A política americana prosseguiu com seu objetivo de dominar cada vez mais as nações do mundo, e explorar os países fornecedores de matéria prima, como os diamantes da África, o petróleo do Oriente Médio, e a exploração de mão de obra barata em países da América Latina e a Ásia, África para trabalhar para as multinacionais americanas.

No decorrer dos anos, o imperialismo norte americano se tornou sem limites e extremamente selvagem. Na atual administração de George Bush ele usa o lema: “O mundo para os americanos”. Isso fica claro com a posições unilaterais que o governo dos eua tomaram sem levar em conta os outros países e seus povos. Isso aconteceu com o tratado de Kyoto, a rio + 10 quando o governo norte americano afirmou que não ratificaria o protocolo de Kyoto para não prejudicar sua economia. E na rio + 10 eles nem compareceram. E outros tantos compromissos que foram desprezados. É para o bem dos americanos e sua economia.

Com essa linha de governo a administração atual está prejudicando os próprios americanos com o ódio e a intolerância dos demais povos dos países do mundo. Isso ficou evidente nos ataques terroristas de 11/09/01. Quando terroristas sauditas usaram quatro aeronaves americanas. Duas se chocaram com o World Trade Center, uma no pentágono e outra caiu em Pittsburg. Os atentados terroristas foram um pretexto que os Eua estavam esperando para se apossar da única região que eles não tem um domínio absoluto o : Oriente Médio. Os EUA tomaram a decisão de sozinhos atacar o Iraque.
Logo o Iraque que tem a segunda maior reserva petrolífera do mundo. A população iraquiana resiste bravamente aos bombardeios e ao massacre que os soldados americanos estão fazendo. Claro os iraquianos sabem, que os invasores querem colonizar seu país e escravizar seus filhos. Com o imperialismo, e tomar um bem que é deles: o petróleo.

Ainda com a guerra em andamento, os Eua mostram sua estratégia suja de reconstruir o Iraque sem ajuda da ONU, e usar o petróleo para o custo, para o custo que os próprios americanos causaram!. É absurdo como o imperialismo norte americano ficou mais agressivo. Se os civis iraquianos representam uma ameaça para seu domínio expansionista, então os americanos não têm duvidas: Matem os civis, destruam sua cultura, derrubam seu presidente atirem nas suas crianças e suas mulheres.
Mas a brutalidade do imperialismo norte americano, ficará marcada na história vergonhosa da humanidade, mesmo manipulando os fatos, a verdade será ensinada as crianças, aos adolescentes, aos adultos aos velhos. Todos são testemunhas do ato covarde do verdadeiro Império do Mal.
E o pior de tudo é poder observar diariamente inúmeras pessoas felizes e na moda, consumindo todas as marcas que lhes são ordenadas para consumir, fazendo-as sentirem-se superiores e donas de um "Status" diferenciado dos demais mortais que as circundam. E com toda autoridade, criticam o consumo de produtos e marcas nacionais, as lutas proletárias, a defesa de ideais e idéias libertadoras.
A pior de todas as armas de domínio é quando o dominador faz com que o dominado sinta prazer nisto...

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Os Selvagens



A Carta do Chefe Indígena Seattle (1854)

Esta carta é uma resposta ao Presidente Americano F. Pierce, que tentava comprar “as terras” do cacique. Uma denúncia à ganância do homem branco, cioso de seu intelecto. Um grito contra a injustiça dos que pensam ter o direito sobre a terra, excluindo seus semelhantes e outros seres vivos. Um apelo ao humanismo:


O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro: o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro. Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao seu próprio mau cheiro.


Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se nós a decidirmos aceitar, imporei uma condição: O homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos.
O que é o homem sem os animais? Se os animais se fossem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma lição em tudo. Tudo está ligado.


Vocês devem ensinar às suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com a vida de nosso povo. Ensinem às suas crianças o que ensinamos às nossas: que a terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer à Terra, acontecerá também aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos.


Disto nós sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem é que pertence à terra. Disto sabemos: todas as coisas então ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo.


O que ocorre com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não teceu a teia da vida: ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizermos ao tecido, fará o homem a si mesmo.


Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala como ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum. É possível que sejamos irmãos, apesar de tudo. Veremos.


De uma coisa estamos certos (e o homem branco poderá vir a descobrir um dia): Deus é um só, qualquer que seja o nome que lhe dêem. Vocês podem pensar que O possuem, como desejam possuir nossa terra; mas não é possível. Ele é o Deus do homem e sua compaixão é igual para o homem branco e para o homem vermelho. A terra lhe é preciosa e feri-la é desprezar o seu Criador. Os homens brancos também passarão; talvez mais cedo do que todas as outras tribos. Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos.


Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados, os recantos secretos das florestas densa impregnados do cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruídas por fios que falam.


Onde está o arvoredo? Desapareceu. Onde está a água? Desapareceu. É o final da vida e o inicio da sobrevivência.


Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa idéia nos parece um pouco estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como é possível comprá-los?


Cada pedaço de terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência do meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho…


Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar às suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz dos meus ancestrais.


Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar para seus filhos que os rios são nossos irmãos e seus também. E, portanto, vocês devem, dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão.


Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção de terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra tudo que necessita. A terra, para ele, não é sua irmã, mas sua inimiga e, quando ele a conquista, extraindo dela o que deseja, prossegue seu caminho. Deixa para traz os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa… Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto.


Eu não sei… nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez porque o homem vermelho seja um selvagem e não compreenda.
Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou o bater de asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído parece somente insultar os ouvidos. E o que resta de um homem, se não pode ouvir o choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite?


Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmúrio do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros.


segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Simulado de Resgate e Primeiros Socorros na Pedra do Sapo



Foi realizado neste sábado dia 24 de Novembro de 2007 o 2° Simulado de Resgate e Primeiros Socorros na Pedra do Sapo.

A atividade é aberta a todos os interessados e permite a participação como Turistas ou Socorristas.

Além de uma agradável caminhada ecológica pela Mata Atlântica, a equipe realiza operação de resgate de acidentado por queda de diferença de nível e prestação de primeiros socorros, sendo em seguida iniciados os trabalhos de transporte em prancha rígida por caminhos acidentados.

A atividade torna-se possível pela colaboração do sr. Rubens, que permite nosso acesso em sua propriedade, incluindo o estacionamento de veículos.
A equipe percorreu as trilhas locais até a base da pedra do Sapo em aproximadamente 50 minutos.

O equipamento foi transportado pelos socorristas para imobilização e transporte do acidentado.

Os socorristas realizaram os procedimentos básicos de abordagem do acidentado, utilização de equipamentos de proteção individual, imobilizador cervical, talas para imobilização de fratura e transporte em prancha rígida com proteção contra estado de choque choque.

Foram necessárias diversas manobras para o transporte, incluindo pequenas escaladas em encostas rochosas, com o auxílio básico de cabos solteiros e nós para freio da corda, utilizando
mosquetões e técnicas específicas.

O trajeto local é irregular, sendo ascendente, descendente, mata fechada, trilha aberta, trechos alagados, trilha rochosa, etc. além de vasta vegetação, o que dificulta sensivelmente o transporte em determinados trechos.
A equipe atuou com força e coragem sobre os obstáculos, garantindo um exercício prático satisfatório e com crescimento técnico, pois os participantes puderam aplicar as técnicas aprendidas em treinamentos de primeiros socorros, em um ambiente diferente do normalmente praticado.

Agradecemos a presença e empenho de todos os voluntários que participaram deste evento e aguardamos novamente sua presença para o 3° Simulado, em Novembro de 2008.

Até lá.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Para meditar.



Chávez e o Império



por Carlos Azevedo



O rei de Espanha mandou o presidente da Venezuela calar-se. A euforia tomou conta de todas as direitas, mas também deixou confusa muita gente boa. O que Chávez havia dito durante a Conferência da Comunidade dos Países Íbero-americanos? Que o ex primeiro-ministro espanhol, Aznar, é um fascista.

O atual primeiro ministro da Espanha, Zapatero tomou a palavra para dizer que, embora tendo grandes divergências políticas com Aznar, achava que ele devia ser tratado com respeito. Zapatero não podia fazer diferente, tinha que se manifestar, porque sabia que seria cobrado na Espanha se houvesse se mantido em silêncio diante da crítica pública de Chávez. O que fez Chávez enquanto Zapatero falava? Mesmo tendo o som cortado, continuou a falar paralelamente, interrompendo Zapatero, insistindo em seus argumentos contra Aznar, lembrando que este havia apoiado o golpe de Estado que derrubou Chávez do poder por dois dias em 2002 (por ordem de Aznar o embaixador da Espanha foi o primeiro a reconhecer o governo golpista)... Chávez estava cheio de razão, mas, como muitas vezes, foi impulsivo, deselegante, infringindo a etiqueta da diplomacia etc. Nesse momento, impaciente, o rei Juan Carlos exclamou: “por que não se cala?”

A imprensa das classes dominantes do Brasil exultou e aproveitou para achincalhar Chávez mais uma vez. Por que tanta animosidade contra Chávez? Vejamos: quando Chávez foi eleito presidente da República pela primeira vez, em 1998, a Venezuela estava em falência política, suas classes dominantes, mergulhadas em profunda corrupção, desmoralizadas, não conseguiam mais governar. A maior riqueza do país, o petróleo, entregue às multinacionais de petróleo americanas, era partilhada por estas com as elites tradicionais e a alta classe média, ambas americanizadas, vivendo mais nos Estados Unidos que em seu país, seus filhos indo em massa estudar na Flórida, falando mais inglês que espanhol, acostumados todos a ver a Venezuela como uma fazenda de onde extraiam sua boa vida. A Venezuela é o terceiro maior produtor de petróleo do mundo e exporta a maior parte da produção para os Estados Unidos. Chávez começou por questionar a dominação americana sobre o petróleo. Procurou fortalecer a capacidade de negociação da PDVSA (a empresa estatal venezuelana) com as multis. Além disso, constatando que as políticas das grandes potências haviam levado à redução brutal do preço internacional do petróleo (chegou a menos de 20 dólares o barril de 60 litros, isto é, petróleo estava mais barato que água mineral), assumiu a presidência da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e desenvolveu uma política de valorização do preço do óleo. Isso causou ódio e remordimento nos Estados Unidos e nos outros países ricos. Chávez também tratou de retirar das classes dominantes locais parte dos benefícios que recebiam do petróleo para poder investir na melhoria de condição de vida da população trabalhadora, especialmente em educação, saúde, alimentação, habitação. Isso enfureceu os velhos setores dominantes venezuelanos. Também o governo direitista espanhol, então comandado por Aznar, se incomodava. Porque a Espanha, ainda que há muito derrubada de sua condição de potência colonialista na América Latina, mantém grandes investimentos e desenvolve grande influência política por aqui, na condição de país sub-imperialista. Os americanos, auxiliados pelo governo de Aznar, conspiraram com as classes dominantes locais pela derrubada de Chávez em 2002. Deram o golpe, mas não levaram, impedidos por um levante popular associado a uma tomada de posição de parte das forças armadas em favor legalidade. Chávez reassumiu tendo muito mais clareza de quem eram e como atuavam os inimigos do povo venezuelano. Aprofundou sua política de nacionalização do petróleo e de destinar os benefícios dessa riqueza para os mais pobres. Sabendo o tamanho da ameaça, tratou também de fortalecer as forças armadas venezuelanas, comprando armas para melhorar a qualidade da defesa do país, vizinho de uma super-armada e pró-americana Colômbia e de várias bases militares dos Estados Unidos. Como diz o velho ditado, “bobo é quem pensa que o inimigo dorme”. Chávez também mudou as leis do país, promoveu a elaboração de uma nova Constituição, reformou a Justiça e o Parlamento, reforçando a participação popular. Por tudo isso, Chávez é acusado de ditatorial. O interessante é que todas as mudanças promovidas por Chávez foram feitas à partir de eleições, plebiscitos e consultas à população. Desde 1998 realizaram-se dez eleições e plebiscitos no país. Nenhum governo em tempos atuais consultou tão freqüentemente a população como o venezuelano. Eleições cuja lisura não foi contestada por observadores internacionais. Chávez ganhou todas e por larga margem. A oposição golpista, decidida a desmoralizar o regime político do país, esteve ausente de uma eleição. Comandou a abstenção, mas o povo votou em massa em Chávez e em seus candidatos ao Congresso. Resultado, com esse ato estúpido, apolítico, a oposição ficou sem representação nos poderes da República. E depois, saiu acusando Chávez de ditatorial.Certamente Chávez tem lá seus defeitos. Mas para se adotar uma posição madura sobre ele e seu governo, para ver com clareza no meio desse tiroteio é preciso levar em conta o principal.

Registro três aspectos:

1)Trata-se de um governo antiimperialista, construindo a independência de seu país e, por isso, um poderoso aliado de todos os povos latino-americanos na luta contra as políticas imperiais que nos empobrecem e mantêm dependentes. O Brasil e todos os outros países do continente têm sido beneficiados pelas posições e políticas do governo de Chávez.

2) Também é preciso ver que ele vem promovendo políticas de melhoria das condições de vida da população trabalhadora e mais pobre da Venezuela e estimulando seu desenvolvimento econômico.

3) Todas as grandes decisões de governo têm sido respaldadas em eleições legítimas.

Atualmente, a irritação oligárquica contra Chávez alcança um novo ápice. Isso porque seu governo está propondo uma nova reforma constitucional. Uma das propostas é ampliar a possibilidade de reeleição do presidente da República. O povo venezuelano vai votar livremente e dizer se apóia ou não essa proposta. Se apoiar, Chávez poderá se reeleger outras vezes. E o povo venezuelano irá conferir no futuro se tomou uma decisão acertada ou não. É seu direito, é sua responsabilidade. Isso é democracia, é ou não é?

Ou democracia é comprar deputados e fazer passar uma emenda à Constituição no Congresso para permitir a reeleição do presidente, sem consultar a população, como fez FHC mudando a regra do jogo para ganhar um novo mandato em 1998? Isso é democracia ou é golpe?

É golpe. Mas para a imprensa oligárquica FHC é o democrata impoluto. E Chávez é que é ditador?

Poupem-nos de tanta hipocrisia!


Carlos Azevedo é jornalista


quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Plano de Atendimento de Emergências


Foi realizado nas dependências da Escola Técnica Mogiana o Plano de Atendimento de Emergências, pelo segundo módulo do curso Técnico em Segurança no Trabalho.

Após instruirem todos os ocupantes da escola quanto aos procedimentos adotados em caso de emergência, foram dirigidos pelos alunos os procedimentos práticos para o exercício simulado de atendimento a emergências e abandono de área no dia 20 de Novembro de 2007.

O exercício teórico e prático foi elaborado pelos alunos que seguiram inúmeros procedimentos administrativos, atendendo a documentações referentes a prefeitura municipal, departamento de trânsito, Corpo de Bombeiros, etc.

Os alunos dirigiram perfeitamente os trabalhos de abandono de área, controle do trânsito das vias locais, procedimentos de combate a incêndio, procedimentos de primeiros socorros utilizando o sistema S.T.A.R.T. para triagem em grandes acidentes, montagem de posto de atendimento de primeiros socorros, recepção e acompanhamento do Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Estado de São Paulo para atendimento da ocorrência.

De grande colaboração foram os alunos do primeiro e terceiro módulos de Segurança no Trabalho, que atuaram como vítimas da ocorrência e avaliadores das atividades, respectivamente.

Todos os alunos da escola, independentemente do curso, participaram do exercício simulado, que acrescenta a todos vivência na operação em situações de emergências diversas.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Dicas da Terapia Ortomolecular

Confira alguns problemas comuns do dia a dia e algumas dicas interessantes.
1. DIFICULDADE DE PERDER PESO.
O QUE ESTÁ FALTANDO : ácidos graxos essenciais e vitamina A.
ONDE OBTER: semente de linhaça, cenoura e salmão - além de suplementos específicos.
2. RETENÇÃO DE LÍQUIDOS.
O QUE ESTÁ FALTANDO : na verdade um desequilíbrio entre o potássio, fósforo e sódio.
ONDE OBTER: água de coco, azeitona, pêssego, ameixa, figo, amêndoa, nozes, acelga, coentro e os suplementos.
3. COMPULSÃO A DOCES.
O QUE ESTÁ FALTANDO : cromo
ONDE OBTER : cereais integrais, nozes, centeio, banana, espinafre, cenoura + suplementos.
4. CÂIMBRA, DOR DE CABEÇA.
O QUE ESTÁ FALTANDO: potássio e magnésio.
ONDE OBTER: banana, cevada, milho, manga, pêssego, acerola, laranja.
5. DESCONFORTO INTESTINAL, GASES, INCHAÇO ABDOMINAL.
O QUE ESTÁ FALTANDO: lactobacilos vivos.
ONDE OBTER : coalhada, iogurte, missô, yakult e similares.
6. MEMÓRIA RUIM.
O QUE ESTÁ FALTANDO: acetil colina, inositol.
ONDE OBTER: lecitina de soja, gema de ovo + suplementos.
7. HIPOTIREOIDISMO. (PROVOCA GANHO DE PESO SEM CAUSA APARENTE)
O QUE ESTÁ FALTANDO: iodo.
ONDE OBTER: algas marinhas, cenoura, óleo, pêra, abacaxi, peixes de água salgada, e sal marinho.
8. CABELOS QUEBRADIÇOS E UNHAS FRACAS.
O QUE ESTÁ FALTANDO: colágeno.
ONDE OBTER: peixes, ovos, carnes magras, gelatina + suplementos.
9. FRAQUEZA, INDISPOSIÇÃO, MAL ESTAR.
O QUE ESTÁ FALTANDO: vitaminas A, C, e E e ferro.
ONDE OBTER: verduras, frutas, carnes magras e suplementos.
10. COLESTEROL E TRIGLICERÍDEOS ALTOS.
O QUE ESTÁ FALTANDO: Ômega 3 e 6.
ONDE OBTER: sardinha, salmão, abacate, azeite de oliva.
Cozinhe a seu favor...
Na medicina ortomolecular, a forma de cozinhar e até os utensílios utilizados ajudam a preservar os nutrientes.
Evite a ingestão de queijos e carnes gordas e frituras.
A gordura acelera o processo de oxidação dos alimentos.
Cozinhe os alimentos no vapor ou até 100º, pois muito calor também oxida os alimentos.
Evite utensílios de alumínio; os resíduos desse metal são tóxicos e podem ficar na comida.
Preferir panelas de vidro ou antiaderentes.
Em hipótese alguma, aqueça os seus alimentos em embalagens e recipientes de plástico no microondas.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Curso Técnicas Verticais



Curso Técnicas Verticais




Foi realizado neste sábado, dia 10 de Novembro a parte teórica do Curso de Técnicas Verticais sorteado na 2a. Mostra de Cursos Técnicos da Escola Técnica Mogiana.

Durante a mostra, foram sorteados dois cursos de Técnicas Verticais, um na mostra prática de Segurança no Trabalho - Combate a Incêndio e Trabalhos em Altura e o outro no curso de Contabilidade e Administração. Os cursos serão ministrados no Centro de Formação de Bombeiros Profissionais Civis Vigili del Fuoco, com as seguintes competências:

- Certificações de Equipamentos;
- Cordas e nós;
- Mosquetões, freios e blocantes;
- Procedimentos de Segurança em Altura;
- Utilização de freios e blocantes em rapel;
- Ascenção em cordas com utilização de blocantes;
- Montagem de sistema com ancoragem equalizada e auto-seguro para rapel.

A parte prática, com realização prevista para o domingo, dia 11 de Novembro foi adiada devido às chuvas presentes no período.